Crédito habitação: Como saber se tenho capacidade financeira?
Para avançar com um pedido de empréstimo para a sua nova casa, tem de passar por fases prévias: é preciso saber antes se tem capacidade para pagar, todos os meses, uma prestação de crédito. Saiba, neste artigo, como funciona este pré-processo.
Vamos avançar já com a análise da viabilidade do seu crédito habitação? A Poupança no Minuto, com a sua intermediação de crédito gratuita, trata do processo com os bancos num instante. Para perceber como se procede esta fase, na prática, leia abaixo.
Primeiro passo: Envio de documentação
De forma a garantir que tem capacidade financeira para avançar com a contratação de um crédito habitação, é necessário facultar documentação a um intermediário de crédito, ou diretamente aos bancos. A partir daí, as entidades avançam com a avaliação dos seus rendimentos e determinam se tem capacidade para pagar uma prestação de crédito habitação, bem como qual o valor máximo que pode pagar.
Então, o primeiro passo é mesmo esse: reunir alguns documentos que descrevam, principalmente, os rendimentos dos titulares que se vão propor a crédito.
Vamos rever cada um deles:
- Documento de identificação pessoal;
- Última nota de liquidação do IRS;
- Última declaração de IRS;
- Declaração de rendimentos;
- 3 últimos recibos de vencimento;
- Se for o caso, recibos verdes dos últimos 6 meses e declaração de ínicio de atividade;
- Documento que comprove o vínculo contratual, fornecido pela entidade patronal;
- 3 últimos extratos bancários;
- Mapa de responsabilidades do Banco de Portugal;
- Comprovativo de IBAN;
- E comprovativo de morada.
Segundo passo: Garantir capacidade financeira
A partir daí, o banco avança com um estudo de viabilidade, analisando a sua taxa de esforço, para verificar se tem capacidade financeira. Sendo capaz de suportar a prestação de um crédito habitação, a entidade declara também qual o valor máximo que é capaz de pagar por um imóvel, considerando o seu contexto financeiro.
Mas o que é a taxa de esforço? Este conceito representa a relação entre os rendimentos totais mensais de um agregado familiar face às despesas com prestações de crédito. Por exemplo, se for um casal a propor-se a titulares do crédito habitação, são tidos em conta os rendimentos dos dois.
A taxa de esforço ideal, de acordo com o Banco de Portugal, deve estar entre 30% e 34%. Se este casal receber um total de 3.800 euros por mês, o valor máximo que podem pagar em prestações de crédito é 1.500 euros (1.500/3.800) x 100 = 34%). Então, se pagarem 500 euros por um crédito automóvel, só podem ter uma prestação de crédito habitação correspondente a 1.000 euros.
Este é o cálculo que se deve realizar para determinar a taxa de esforço, e que o banco vai analisar. Há bancos que aprovam taxas de esforço até 40% e outros até 30%. Por isso, é essencial pedir propostas a mais do que um banco.
Terceiro passo: Encontrar o imóvel para pré-aprovação do crédito
Depois de ser determinado o valor máximo de prestação que pode dar pelo crédito habitação, está na hora de escolher o imóvel (com base nos valores indicados pelo banco no estudo de viabilidade).
Após a fase de procura de imóveis, com um sem ajuda de uma agência imobiliária, volta a contactar os bancos com o valor específico em causa. Nesse momento, as entidades bancárias refazem as simulações e emitem a pré-aprovação do crédito.
É importante reparar que pode sempre pedir simulações a diversas instituições bancárias e conseguir mais do que uma pré-aprovação. Esta fase não obriga a que tenha de avançar com o processo. Pode escolher apenas um banco para avançar, com a proposta que mais se adequar ao seu agregado familiar.
Sim, parece um processo complexo. E é para isso que os profissionais de intermediação de crédito estão cá! Com os seus serviços de mediação entre si e os bancos, tratam de toda a burocracia nas várias fases, gratuitamente. Através da ajuda de um agente Poupança no Minuto, este processo fica simplificado.