Crédito habitação: BPI considera que só deve fixar a prestação quem tem dificuldades
Com base numa notícia divulgada pelo Notícias ao Minuto, João Pedro Oliveira e Costa, presidente do BPI (banco parceiro da Poupança no Minuto), considera que apenas devem aderir ao regime de fixação da prestação mensal do crédito habitação - medida de apoio do Governo – as famílias em dificuldade. Vejamos porquê.
Poupar no crédito habitação? Os intermediários de crédito da Poupança no Minuto podem encontrar as soluções certas para si... Por exemplo, com uma transferência de crédito pode até poupar mais do que aderindo às medidas de apoio anunciadas pelo Governo, como veremos em seguida.
Fixar a prestação: Presidente do BPI defende que nem todos devem aderir
Segundo publicação do Notícias ao Minuto, o presidente do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, defendeu na conferência de imprensa de apresentação dos resultados até setembro, que apenas “quem tem dificuldades e não os restantes” deve aderir à medida de fixar a prestação do crédito habitação disponibilizada pelo Governo, uma vez que “vão pagar este alívio agora mais à frente”.
Além disso, reforça que “no momento atual faz sentido aderir, mas é importante ponderar para aqueles que não tenham essa necessidade, porque a fatura vai aparecer mais frente". Mas o ministro das Finanças, Fernando Medina contrapõe que “a regra é as pessoas não saírem deste apoio e verem que têm uma dívida maior”.
Na sequência da medida anunciada, o banco está com expectativa de que apareça “um número significativo de pessoas, pelo menos, a fazer perguntas e pedir simulações”.
Note que o diferencial entre o valor original e o que pagará nestes dois anos, vai ser somado à dívida no final do empréstimo, pelo que “se somará a taxa de juro que então estiver em vigor” e acabarão por pagar mais no final do empréstimo, como pode ler-se na notícia.
Segundo declarações à Lusa, citadas pelo Notícias ao Minuto, o economista da Deco Nuno Rico explica que esta medida só é “muito útil para as famílias com taxas de esforço muito elevadas”, considerando ainda que famílias que não estejam em dificuldade “não justifica aderir a este mecanismo porque tem um custo acrescido no total”, conseguindo melhores condições junto do banco.
Em que se reflete a medida de fixação da prestação?
A medida divulgada pelo Governo pressupõe que, a partir de 2 de novembro até ao final do primeiro trimestre de 2024, possa fixar a prestação mensal do crédito habitação durante dois anos. Esta medida é válida para contratos com taxa variável celebrados até 15 de março de 2023 e com período de amortização superior a cinco anos.
A prestação a pagar ao longo dos dois anos é mais baixa, uma vez que é aplicado um indexante de 70% da média da Euribor a seis meses do mês anterior ao pedido do cliente. Depois desses dois anos, nos quatro anos que se seguem, o cliente terá então de pagar o valor diferencial entre a prestação original e a que ficou a pagar diluído pelo prazo do empréstimo.
Por exemplo, num crédito habitação com o valor em dívida de 150.000€, o cliente pode vir a pagar mais 2.000€ que no atual e normal regime de amortização.
Se o cliente decidir optar na mesma por esta medida e fazer o pedido ao banco, este tem 15 dias para responder, com simulações do plano, ao qual o cliente deve responder dentro de 30 dias para informar se quer ou não avançar.
Existe outra solução mais benéfica, face à medida do Governo?
Para famílias que não estejam em dificuldade imediata e não necessitem de aderir à medida, mas queiram poupar mais com o seu crédito habitação, podem aceder a outras soluções mais benéficas.
Como é o caso da transferência de crédito para outro banco, se o cliente tiver um contrato de taxa variável indexado à Euribor e o banco atual não permita alterar o regime de taxa de juro.
Ao fazer uma transferência, um novo banco poderá permitir que aceda às campanhas atuais de taxas mistas ou fixas. Atualmente, já existem bancos a oferecer taxas mistas, em que pode ter uma taxa de 3,35% fixada ao longo de dois anos, retornando depois à taxa variável quando se prevê que a Euribor volte a baixar. Segundo João Lemos, Diretor de Operações do Intermediário de Crédito Poupança no Minuto (PNM), estas campanhas "permitem providenciar uma estabilidade nos encargos e menor pressão no orçamento das famílias nos próximos dois a quatro anos”.
Esta é uma solução benéfica no sentido em que a taxa Euribor atual se encontra nos 4%, pelo que, alterando o regime da taxa de juro, pode poupar (significativamente) com o seu empréstimo da casa, podendo ser "o momento certo para contratar melhores condições no crédito habitação", como indica o responsável da PNM.
Se esta é uma opção a ponderar, contacte um intermediário de crédito que possa ajudá-lo a simular o seu caso específico, e apresentar-lhe as melhores propostas com as melhores condições. Os agentes da Poupança no Minuto disponibilizam esse serviço gratuito, auxiliando-o ainda na comparação de propostas e escolha da mais adequada a si. Acompanham-no ao longo de todo o processo, sem nunca o deixar sozinho!