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Como validar uma união de facto e quais são os direitos?

Como validar uma união de facto e quais são os direitos?

Entenda como validar uma união de facto e quais os direitos associados para casais que optam por esta forma de convivência.  

23 Oct 20243 min

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Saiba como validar uma união de facto e a que direitos acede este regime 

Afinal, quais os passos e condições necessários para que a união de facto seja reconhecida legalmente em Portugal, e quais os direitos conferidos aos seus membros?  

A união de facto foi reconhecida por lei em Portugal em 2001. Trata-se de uma situação jurídica onde duas pessoas, independentemente do género, vivem juntas em condições semelhantes às de um casal, por um período superior a dois anos. Embora não possua os mesmos direitos em todas as áreas que um casamento, a união de facto assegura proteção em várias esferas importantes. 

Como provar uma união de facto? 

Não é obrigatório registar formalmente a união de facto, mas a sua validação pode ser feita através de diferentes meios de prova. A DECO PROTeste, aponta o Notícias ao Minuto, refere algumas formas: 

  • Filhos em comum; 
  • Testemunhos de vizinhos ou conhecidos; 
  • Documentos que comprovem a partilha de habitação; 
  • Declaração emitida pela junta de freguesia, com base numa declaração de ambos os membros, sob compromisso de honra, indicando que vivem juntos há mais de dois anos. Será necessário também apresentar documentos de identificação e, em alguns casos, certidões de nascimento de ambos. 

No caso de fim da união, a junta de freguesia também pode emitir um documento que comprove a cessação da relação, seja por vontade de ambos ou de um dos membros. 

Quais as condições para a validação da união de facto? 

Para que uma união de facto seja validada, é preciso cumprir algumas condições legais. Estas incluem: 

  • Ambos os membros devem ser maiores de 18 anos; 
  • Nenhum dos membros pode estar em situação de casamento não dissolvido, exceto se tiver sido decretada a separação de pessoas e bens; 
  • Não pode existir parentesco direto (pais e filhos, avós e netos) ou no segundo grau da linha colateral (irmãos); 
  • Não pode haver afinidade em linha reta (ex.: sogros ou padrastos); 
  • Nenhum dos membros pode ter sido condenado por homicídio ou tentativa de homicídio do cônjuge do outro. 

Quais os direitos dos casais em união de facto? 

Casais que vivem em união de facto podem aceder a vários direitos semelhantes aos de um casamento, como: 

  • Proteção da casa de morada de família; 
  • Direito à proteção social em caso de falecimento de um dos membros; 
  • Benefício de regimes aplicados aos casados no que toca a férias, feriados, faltas e licenças (como a assistência mútua em caso de doença); 
  • Possibilidade de entregar a declaração de IRS em conjunto; 
  • Responsabilidades parentais iguais às dos casais casados, embora as regras para adoção ou heranças possam ser distintas. 

A união de facto, embora não exija um registo formal, é uma realidade reconhecida em Portugal e oferece proteção legal em várias áreas importantes. No entanto, é essencial estar atento às condições e limitações que a lei impõe para que a união de facto seja validada e para usufruir dos direitos que ela concede. 

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